A MUSICOTERAPIA COMO PROPOSTA DE TRABALHO DIFERENCIADA NA ESCOLA JOÃO MEDEIROS CALMON

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESPORTES E CULTURA

ESCOLA MUNICIPAL JOÃO MEDEIROS CALMON
MUNICIPIO COMODORO - MT

A MUSICOTERAPIA COMO PROPOSTA DE TRABALHO DIFERENCIADA NA ESCOLA JOÃO MEDEIROS CALMON


COMODORO-MT
2009

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ESPORTES E CULTURA

ESCOLA MUNICIPAL JOÃO MEDEIROS CALMON
MUNICIPIO COMODORO - MT

A MUSICOTERAPIA COMO PROPOSTA DE TRABALHO DIFERENCIADA NA ESCOLA JOÃO MEDEIROS CALMON

Gestora: Andréa C. J. Bordinhão
Coordenadoras: Alice M. Bordinhão e Katya L. de Barros



COMODORO-MT
2009

1. TÍTULO

A Musicoterapia como Proposta de Trabalho Diferenciada na Escola Municipal João Medeiros Calmon no Ano de 2009

1.1 Instituição
Escola Municipal João Medeiros Calmon

1.2 Gestão e Coordenação
Andréa C. J. Bordinhão, Alice M. Bordinhão e Katya L. Barros

1.3 Público Alvo
Alunos e professores de pré-escola a 8ª série do Ensino Fundamental, bem como corpo administrativo e pedagógico.

2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Analisar e trabalhar as significações das condutas infanto-juvenis manifestadas no contexto escolar, observando as possíveis analogias entre os comportamentos inadequados caracterizados pela indisciplina e agressividade, juntamente com um comportamento opositor às condutas psico-musicais de forma a transformar o ambiente escolar de forma significativa tanto para os educandos quanto para os educadores.

2.2 Específico
ü Observar e avaliar as condutas dos alunos e professores frente à utilização da musica no contexto escolar;
ü Abrir os canais de comunicação;
ü Proporcionar uma comunicação não-verbal com o corpo e com os instrumentos sonoros onde, através do ‘fazer musical’ os conteúdos intrapsíquicos, que são difíceis de serem colocados verbalmente ou não são ditos, sejam projetados nas expressões nãoverbais, através das condutas psico-musicais.
ü Buscar a melhoria comportamental dos alunos tanto individual quanto grupal durante o desenvolvimento das atividades escolares;
ü Trabalhar a indisciplina e a agressividade no ambiente escolar de forma a fazer com que este comportamento reflita num comportamento social adequado para o convívio em sociedade;
ü Oferecer oportunidades de conhecimento e enriquecimento cultural dentro da escola para alunos e professores, contemplados também nos subprojetos;
ü oportunizar um espaço de re-significação da fala e da escuta dentro da capacidade comunicativa dos alunos e também dos professores;
ü Oportunizar ambiente de estudo calmo e tranqüilizador para o desenvolvimento da aprendizagem.

3. JUSTIFICATIVA

Um tema polêmico na atualidade em diversos contextos em que se trabalha com crianças e adolescentes, é o aumento dos comportamentos inadequados e anti-sociais daqueles. Quer seja na família, na escola, na comunidade ou em outros ambientes sociais, a queixa de maior evidência é a falta de limites das crianças e adolescentes, bem como a presença constante de ações e/ou reações agressivas entre si e com as demais pessoas com que convivem.
No contexto escolar, essa falta de limites é denominada como indisciplina, ocasionando situações desestruturantes em todo o ambiente educacional. O que se evidencia em muitas salas de aula são alunos com grandes dificuldades em saberem esperar a satisfação de suas necessidades, lançando mão de comportamentos destrutivos verbais à manifestação de suas frustrações.
Outro comportamento presente é a dificuldade em centrarem a atenção nas atividades sugeridas, quer sejam individualizada ou em grupo. A participação nas atividades coletivas se torna mais complicada, visto que não aceitam as opiniões dos outros, que sejam diferentes da sua ou a distribuição de tarefas e funções, pré-requisito ao trabalho em grupo.
Nesse sentido, o projeto visa apresentar a musicoterapia como uma possibilidade terapêutica a ser inserida no contexto escolar, objetivando desvelar as significações dos comportamentos desestruturantes, percebendo a correspondência entre as condutas apresentadas e possibilitando a minimização do quadro inicial.

4. METODOLOGIA

Adotando uma perspectiva sociointeracionista de aprendizagem, serão contempladas estratégias coletivas e individuais de estudo, pautadas no tripé ação-reflexão-ação.
O contato com a musica se dará em nível direto e indireto:
ü escutas diárias no saguão e corredores, de musica ambiente instrumental;
ü musica da semana trabalhada nas filas antes da entrada do recreio com alunos de Pré a 4ª série;
ü trabalho em sala com a letra da musica da semana com alunos de Pré a 4ª série;
ü trabalho em sala com musica enquanto instrumento de alfabetização;
ü trabalho em sala com a letra de musicas diversas sempre que relacionadas com a pertinência do tema estudado nas diversas disciplinas de 5ª a 8ª séries;
ü musica enquanto terapia de relaxamento e motivação durante os 15 minutos de intervalo com os professores em sala de professores;
ü aulas de coral estudantil com alunos de Pré a 8ª série (contemplado no subprojeto);
ü aulas de flauta doce com alunos de Pré a 8ª série (contemplado no subprojeto);
ü aulas de hip hop com alunos de Pré a 8ª série (contemplado no subprojeto);
ü aulas de balé para alunos do Pré.




5. AVALIAÇÃO

A avaliação ocorrerá de forma processual, tendo como referência os conceitos, os procedimentos e as atitudes das etapas do projeto. Pretende-se que, ao final do projeto, os educandos e educadores construam um Memorial do que foi vivenciado com a experiência da musica na escola e também um Seminário de Avaliação e Socialização de experiências entre os comportamentos e posturas observados em relação à música.


6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARCELLOS, Lia Rejane Mendes e SANTOS, Marco Antônio Carvalho.- A Natureza polissêmica da música e a Musicoterapia. Revista Brasileira de Musicoterapia- UBAM, Ano I, N. 1, Rio de Janeiro: Papéis e Cópias de Botafogo, 1996.

FRANCO, Luiz Antonio Carvalho.- Prática docente de cada dia, texto, s/local:
CENAFOR/MEC, s/ data.

JOVER, Ana.- Indisciplina: como lidar com ela? Revista Nova Escola, São Paulo, Ano XIII, nº 113, Junho de 1998.

MACHADO, Maria C.- Como lidar com a criança agressiva. Revista Nova Escola, São Paulo: Fundação Victor Civita, Ano I, N.4, junho 2008.

OSÓRIO, Luiz Carlos.- Evolução Psíquica da Criança- aspectos normais e patológicos. Porto Alegre: Ed Movimento, 2005.

Por Professora Katya Barros