quinta-feira, 22 de outubro de 2009

VOO R 99 - 2009

SECRETARIA MUNUCUPAL DE EDUCAÇÃO
E.M. JOÃO MEDEIROS CALMON


VOO R 99

COMODORO
2009
ERONILDO NOBRE DA SILVA
JOÃO ANDRÉ FERNANDES

VOO R 99


COMODORO
2009

1. TÍTULO

VOO R 99

1.1 Instituição

Escola Municipal João Medeiros Calmon

1.2 Professores

Eronildo Nobres da Silva e João André Fernandes

1.3 Público Alvo

Educandos do 4º ano do ensino fundamental de 9 anos e alunos da 5ª a 8ª séries do ensino fundamental de oito anos


2. OBJETIVOS

2.1 Geral

Proporcionar o desenvolvimento do educando, considerando os conhecimentos e os valores culturais, possibilitando a construção da autonomia, cooperação, coordenação motora e responsabilidade, buscando visar a criatividade e o desenvolvimento intelectual fazendo com que os educando utilizem estratégias criativas para a confecção manual de aviões de papel para estudo e posterior competição.

2.2 Objetivo Especifico


ü Propiciar o contato dos educandos com os aviões e planadores de papel, feitos artesanalmente, como alternativa ao brinquedo eletrônico;
ü Resgatar as brincadeiras populares, quase esquecidas, devido à grande oferta de brinquedos eletrônicos, que pouco proveito oferece a quem os manuseia;
ü Desenvolver a coordenação motora.
ü Propiciar conhecimentos de princípios científicos através de formas geométricas, leis da Física que regem o vôo dos aviões e, também, a utilização da matemática;
ü Favorecer o contato com a natureza, propiciar uma forma de lazer, praticar uma forma de relaxamento mental, um esporte e uma expressiva forma de arte milenar;
ü Retomar conceitos já aprendidos como: figuras planas e não-planas, poligonais e não-poligonais, elementos e propriedades dos polígonos, classificação dos triângulos quanto aos ângulos e quanto aos lados, ângulos como giro, bissetriz ...;
ü Desenvolver o processo de medição e os conceitos relacionados com as unidades de medidas;
ü Desenvolver habilidades de desenhar, construir e comparar figuras geométricas;
ü Identificar retas paralelas e perpendiculares;
ü Medir ângulos, utilizando unidades padronizadas e não-padronizadas;
ü Utilizar corretamente diferentes instrumentos de desenho geométrico na construção de figuras, tais como régua, esquadro, transferidor e compasso;
ü Realizar construções geométricas;
ü Observação e discussão dos resultados obtidos após o lançamento dos aviões e planadores e possíveis correções;
ü Classificar adequadamente triângulos em relação a medida dos lados e dos ângulos;
ü Conhecer a evolução da aviação e os diversos meios de navegação aérea .


3. JUSTIFICATIVA


A arte em papel – o origami é uma arte milenar. Durante séculos não existiram instruções para criar os modelos origami, pois eram transmitidas verbalmente de geração em geração. Esta forma de arte viria a tornar-se parte da herança cultural dos japoneses. Em 1787 foi publicado um livro (Hiden Senbazuru Orikata) contendo o primeiro conjunto de instruções origami para dobrar um pássaro sagrado do Japão. O Origami tornou-se uma forma de arte muito popular, conforme indica uma impressão em madeira de 1819 intitulada "Um mágico transforma folhas em pássaros", que mostra pássaros a serem criados a partir de folhas de papel.
Em 1845 foi publicado outro livro (Kan no mado) que incluía uma coleção de aproximadamente 150 modelos Origami. Este livro introduzia o modelo do sapo, muito conhecido hoje em dia. Com esta publicação, o Origami espalha-se como atividade recreativa no Japão.
Não seriam apenas os Japoneses a dobrar o papel, mas também os Mouros, no Norte de África, que trouxeram a dobragem do papel para Espanha na seqüência da invasão árabe no século VIII. Os mouros usavam a dobragem de papel para criar figuras geométricas, uma vez que a religião proibia-os de criar formas animais.
Da Espanha espalhar-se-ia para a América do Sul. Com as rotas comerciais marítimas, o Origami entra na Europa e, mais tarde, nos Estados Unidos.
Na Alemanha Friedrich Froebel (1782-1852) foi o fundador do Movimento Kindergarten que iria introduzir as dobragens de papel nas atividades pré-escolares. Porém, estas seriam desenvolvidas principalmente pelos seus seguidores, após a sua morte.
O Movimento Kindergarten foi levado para o Japão por uma senhora alemã, obtendo considerável aceitação.
As dobragens de papel eram ensinadas às crianças e fundiram-se com o tradicional Origami. Com efeito, muitos dos modelos eram semelhantes e o Origami foi trazido de casa para a escola. Froebel nunca conheceu o termo "Origami" nem este foi alguma vez usado pelo Movimento Kindergarten.
A grande divisão entre a antiga dobragem do papel e a nova surgiu cerca de 1950 quando o trabalho de Akira Yoshizawa se tornou conhecido. Foi Yoshizawa quem criou a idéia da dobragem criativa (Sasaku Origami) e inventou todo um conjunto de métodos que nada deviam ao origami do passado, permitindo dobrar uma série de animais e pássaros. Porém, ainda precisava de duas partes de papel para conseguir animais de quatro patas, o que só viria a ser ultrapassado com a invenção das Bases Blintzed em meados da década de 1950 por outros entusiastas, particularmente o norte-americano George Rhoades. Até lá, apenas era possível dobrar animais muito primitivos, incluindo o tradicional porco.
Porém, o trabalho de Yoshizawa já tinha tido um predecessor: Miguel Unamuno, um filósofo da Universidade de Salamanca.
A prática e o estudo do Origami envolve vários tópicos de relevo da matemática. Por exemplo, o problema do alisamento da dobragem (se um modelo pode ser desdobrado) tem sido tema de estudo matemático considerável. A dobragem de um modelo alisável foi provado por Marshall Bern e Barry Hayes como sendo um problema NP completo.
O problema do Origami rígido ("se o papel for substituído por metal será ainda possível construir o modelo?") é de grande importância prática. Por exemplo, a dobragem Miura é uma dobragem rígida que tem sido usada para levar para o espaço grelhas de painés solares para satélites. E foi dentro desse conceito de dobraduras que a princípio eram somente de animais que surge o avião de papel e toda a sua importância para o desenvolvimento de todas as capacidades e objetivos propostos nesse projeto.
Assim, o presente projeto se justifica na oportunidade de propiciar ao aluno formas de explorar uma idéia e construir um produto a partir de conceitos já abordados e a construção de novos conceitos, através do lúdico.


4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho é a baseada numa proposta educativa sociointeracionista onde o aluno passa a ser sujeito ativo que concebe, prepara e executa o seu próprio trabalho sob orientação do professor.
Dentro dessa metodologia estabelecida são fundamentais a organização de algumas regras básicas tais como:
ü Participarão somente alunos que estudam nesta Escola João Medeiros Calmon.
ü Os trabalhos serão divididos em duas categorias: masculino e feminino entre as 4ª e 8ª series.
ü Realização de pesquisas através de livros didáticos e meios de comunicações sobre os aviões;
ü Estabelecimento de regras simples para os trabalhos e também para o campeonato;
ü Os projetistas precisam criar suas aeronaves na hora, diante de toda a comissão organizadora e dos demais participantes, também ficando responsáveis pela decolagem;
ü Na categoria que visa o maior tempo de vôo, o cronômetro define o melhor competidor;
ü Na modalidade que premia a maior distância, o comprimento de uma linha reta entre o local do arremesso e o ponto onde o projeto pousar, define o campeão;
ü No vôo acrobático, os participantes podem trazer seus projetos previamente preparados e também ficam autorizados cortes no papel ou a utilização de outros materiais;
ü Uma comissão de juízes classificará cada apresentação com notas de 0 a 10 e o que conseguir a maior pontuação será o contemplado.


5. AVALIÇÃO


A avaliação ocorrerá de forma processual e contínua, tendo como referência os conceitos, os procedimentos e as atitudes das etapas do projeto. Pretende-se que, ao final do projeto, os alunos sejam capazes de construir seus próprios conceitos sobre a dinâmica do trabalho proposto, bem como a participação em campeonato com várias modalidades de aviões de papel.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


NELSON, Studak. Tô a fim de saber. Disponível em: Faustao/0,23178,GVF0-4346-241851,00.html>. Acesso em 20 mai. 2009.

CARDEAL, Tatiana. Quem inventou o avião. Revista Nova Escola: São Paulo, ano XXII, n. 203,
p. 2-3, jun./jul. 2007.


Por Professora Katya Barros

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